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Pedagogia do Oprimido. Andragogia do Oprimido. Liderança da Opressão.

Pedagogia do Oprimido, Paulo Freire

Enquanto preparo material para uma capacitação, busquei inspiração no professor. Reparto com vocês.

Não basta ir para sala, neste caso, sala de aula, de reunião com seus liderados, sem estudar. Sem ler alguns autores, como Paulo Freire. Segue breve trecho segmentado:

"Quem, melhor que os oprimidos, se encontrará preparado para entender o significado terrível de uma sociedade opressora? Quem sentirá, melhor que eles, os efeitos da opressão? Quem, mais que eles, para ir compreendendo a necessidade da libertação? Libertação a que não chegarão pelo acaso, mas pela práxis de sua busca; pelo conhecimento e reconhecimento da necessidade de lutar por ela. Luta que, pela finalidade que lhe derem os oprimidos, será um ato de amor, com o qual se oporão ao desamor contido na violência dos opressores, até mesmo quando esta se revista da falsa generosidade referida."

"A desumanização, que não se verifica, apenas, nos que têm sua humanidade roubada, mas também, ainda que de forma diferente, nos que a roubam, é distorção da vocação do ser mais. É distorção possível na história, mas não vocação histórica. Na verdade, se admitíssemos que a desumanização é vocação histórica dos homens, nada mais teríamos que fazer, a não ser adotar uma atitude cínica ou de total desespero. A luta pela humanização, pelo trabalho livre, pela desalienação, pela afirmação dos homens como pessoas, como “seres para si”, não teria significação. Esta somente é possível porque a desumanização, mesmo que um fato concreto na história, não é porém, destino dado, mas resultado de uma “ordem” injusta que gera a violência dos opressores e esta, o ser menos."

"É impressionante, contudo, observar como, com as primeiras alterações numa situação opressora, se verifica uma transformação nesta autodesvalia. Escutamos, certa vez, um líder camponês dizer, em reunião, numa das unidades de produção (asentamiento) da experiência chilena de reforma agrária: “Diziam de nós que não produzíamos porque éramos borrachos, preguiçosos. Tudo mentira. Agora, que estamos sendo respeitados como homens, vamos mostrar a todos que nunca fomos borrachos, nem preguiçosos. Éramos explorados, isto sim”, concluiu enfático. Enquanto se encontra nítida sua ambiguidade, os oprimidos dificilmente lutam, nem sequer confiam em si mesmos. Têm uma crença difusa, mágica, na invulnerabilidade do opressor . No seu poder de que sempre dá testemunho. Nos campos, sobretudo, se observa a força mágica do poder do senhor. É preciso que comecem a ver exemplos da vulnerabilidade do opressor para que, em si, vá, operando-se convicção aposta à anterior. Enquanto isto não se verifica, continuarão abatidos, medrosos, esmagados."

"As qualidades e virtudes são construídas por nós no esforço que nos impomos para diminuir a distância entre o que dizemos e fazemos", escreveu o educador. "Como, na verdade, posso eu continuar falando no respeito à dignidade do educando se o ironizo, se o discrimino, se o inibo com minha arrogância?" Você, professor, tem a preocupação de agir na escola de acordo com os princípios em que acredita? E costuma analisar as próprias atitudes sob esse ponto de vista?”, citação de Paulo Freire, para pensar também enquanto LÍDER EDUCADOR, LÍDER COACH.

Compartilho o livro Pedagogia do Oprimido em .pdf com vocês!

Como sugestão-

Faça uma leitura aos pedaços. Sim, aos pedaços. Para quem falta o hábito da leitura, uma maneira de instigar o interesse por ela é fazer a leitura aos pedaços... um pedaço agora, um mais tarde, um mais a noite, enfim, mas faça a leitura.

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