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Atitude ou nada

Professor Steven Dubner mostra quem é hoje o “deficiente”, durante palestra em São José dos Campos.

Com seu jeito respeitoso e carismático, o professor Steven Dubner, um dos fundadores da ADD (Associação Desportiva para Deficientes), que também atuou como técnico da seleção brasileira em várias modalidades paralímpicas, esteve na Faap de São José dos Campos, durante o 6º Congresso Meeting Empresarial Vale do Paraíba, para ministrar a palestra ‘Atitude ou Nada’, onde apresentou vários exemplos e histórias de superação dos atletas.

Durante a palestra, Dubner trouxe que, quando o deficiente brinca com sua deficiência é porque já superou a deficiência. Apresentou o quanto os atletas se divertem e procuram ter uma vida normal como qualquer pessoa. E foi enfático em relatar: “o que faz a pessoa sair do lugar é ousar. Pare de olhar suas vidas com os olhos dos outros.”

Questionou o quanto as pessoas precisam acreditar em si mesmo. “Você tem tanta fé: ok, então pega 1% da sua fé e tenha fé em você mesmo,” ressaltou e, entre um vídeo e outro, acrescentou: “esses atletas me ensinaram quanta capacidade humana a gente tem! Vocês criam seus próprios inimigos e é você que transforma sua vida.”

Ao contar uma das piadas durante a palestra, Dubner relembrou o jogo do Brasil contra a Alemanha na Copa. “Eles [referindo-se aos jogadores] disseram que deu apagão! Ok, então deveriam ter convocado meus jogadores cegos, que eles jogariam melhores do que a seleção brasileira”, alfinetou.

Com vasta vivência junto aos atletas, o professor também atuou junto ao Comitê Paralímpico Brasileiro, a Confederação Brasileira de Basquete em Cadeira de Rodas e participou de diversas Paralimpíadas. A seguir trechos da entrevista que Steven Dubner concedeu ao Blog Roda da Kika:

Kika- Onde é que está, Steven, a “deficiência” do ser humano?

Steven- Acho que as pessoas não conseguem se enxergar por dentro, elas só conseguem enxergar pelos olhos dos outros, e elas não conseguem entender que a distância mais longa está entre a cabeça e o coração. Quando começam a olhar para si próprias e começam a perceber que todas as coisas estão dentro dela mesmo, aí, nossa, ela se projeta. Daí, aquilo que ela pode achar que é deficiência, ela percebe que não é nada, desaparece.

Kika- Você que foi já técnico da seleção brasileira de basquetebol paralímpico e de várias outras modalidades. Steven, qual é a sugestão que você traz para um líder saber liderar melhor sua equipe?

Steven- Acho que primeiro se desarmar, abrir o coração, perceber que não tem problema a vulnerabilidade do líder, não tem problema colocar abertamente qual o objetivo e ir discutindo com todo o time como é que se atingem os objetivos. E saber que, mais cabeças pensam melhor que uma cabeça. Um líder é aquele que fica do lado, direciona e sem que todos percebam que ele está do lado, entendeu?... Eu como técnico de basquete de cadeira de rodas, eu sempre falo: o melhor técnico de basquetebol do mundo é aquele que quando a equipe está jogando, não abre a boca. Que quando surge uma crise no meio do jogo, os jogadores já sabem resolver a crise. Agora, quando o técnico começa a abrir a boca é porque ele precisa trazer o time de volta para o treinamento e retreinar mais.

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